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As empresas que definem um posicionamento e conseguem traduzir o mesmo em suas ações de comunicação com o consumidor - em seu produto, sua promoção, preço e praça - criam uma identificação entre consumidor e empresa que pode ser o grande passo para se aproximar da tão sonhada fidelização. Entretanto o distanciamento de áreas como marketing design e publicidade, piorada pela terceirização de algumas dessas áreas, tem nos trazido inúmeros casos de empresas que perdem seu foco e acabam não comunicando nada.
O distanciamento dessas áreas gera problemas que já iniciam na concepção do produto e se estendem a divulgação e distribuição do mesmo. Kleber Puchaski, designer com mestrado na Royal Art College de Londres, em palestra no Auditório do IF-SC relatou um exemplo que demonstra essa dificuldade de comunicação inter áreas quando disse que era comum o designer receber um briefing de 712 paginas proveniente do Marketing, ler 3 páginas e elaborar o produto.
Não é difícil encontrarmos empresas com produtos que comunicam uma coisa, promoção outra, ponto de venda outra e assim vai. Aqui em Florianópolis podemos pegar diversos exemplos, talvez um dos mais nítidos seja o de uma perfumaria chamada Extravagance Parfums, a loja vende perfumes bastante famosos, é bem localizada e com uma loja ampla para uma perfumaria, esses fatores poderiam direcionar a perfumaria para um público classe A, entretanto, a propaganda televisiva da Extravagance vai na contra-mão dos demais esforços de comunicação da mesma, fala uma linguagem classe C, com um personagem que remete a uma pessoa Classe C, em um comercial mau filmado, com um áudio péssimo e por ai vai.
Acredito que a chave para unificar estas ações seja um gerente de produto, uma pessoa conhecedora da comunicação como um todo e capaz de gerenciar as ações das diferentes áreas da comunicação - mesmo quando uma ou mais delas for terceirizada - unificando o foco destas ações e estabelecendo um maior fluxo de informações entre as áreas. Esta pessoa ainda deve ser capaz de intermediar as relações entre as diferentes áreas de modo a buscar sempre um denominador comum. Acredito que esta função já quase que comum em empresas multinacionais seja a solução para a grande maioria das empresas, sejam elas pequenas, médias, etc. inclusive aquelas que terceirizam serviços como a publicidade e o desenvolvimento de produto.
Por: Théo Orosco da Silva
As empresas que definem um posicionamento e conseguem traduzir o mesmo em suas ações de comunicação com o consumidor - em seu produto, sua promoção, preço e praça - criam uma identificação entre consumidor e empresa que pode ser o grande passo para se aproximar da tão sonhada fidelização. Entretanto o distanciamento de áreas como marketing design e publicidade, piorada pela terceirização de algumas dessas áreas, tem nos trazido inúmeros casos de empresas que perdem seu foco e acabam não comunicando nada.
O distanciamento dessas áreas gera problemas que já iniciam na concepção do produto e se estendem a divulgação e distribuição do mesmo. Kleber Puchaski, designer com mestrado na Royal Art College de Londres, em palestra no Auditório do IF-SC relatou um exemplo que demonstra essa dificuldade de comunicação inter áreas quando disse que era comum o designer receber um briefing de 712 paginas proveniente do Marketing, ler 3 páginas e elaborar o produto.
Não é difícil encontrarmos empresas com produtos que comunicam uma coisa, promoção outra, ponto de venda outra e assim vai. Aqui em Florianópolis podemos pegar diversos exemplos, talvez um dos mais nítidos seja o de uma perfumaria chamada Extravagance Parfums, a loja vende perfumes bastante famosos, é bem localizada e com uma loja ampla para uma perfumaria, esses fatores poderiam direcionar a perfumaria para um público classe A, entretanto, a propaganda televisiva da Extravagance vai na contra-mão dos demais esforços de comunicação da mesma, fala uma linguagem classe C, com um personagem que remete a uma pessoa Classe C, em um comercial mau filmado, com um áudio péssimo e por ai vai.
Acredito que a chave para unificar estas ações seja um gerente de produto, uma pessoa conhecedora da comunicação como um todo e capaz de gerenciar as ações das diferentes áreas da comunicação - mesmo quando uma ou mais delas for terceirizada - unificando o foco destas ações e estabelecendo um maior fluxo de informações entre as áreas. Esta pessoa ainda deve ser capaz de intermediar as relações entre as diferentes áreas de modo a buscar sempre um denominador comum. Acredito que esta função já quase que comum em empresas multinacionais seja a solução para a grande maioria das empresas, sejam elas pequenas, médias, etc. inclusive aquelas que terceirizam serviços como a publicidade e o desenvolvimento de produto.
Por: Théo Orosco da Silva
Como estudante de design acho nada agradável ouvir um profissional renomado da área dizer que não dá atenção ao briefing enquanto está projetando. Acho que isso desvaloriza nossa classe profissional e a de nossos companheiros do marketing. Isso acaba gerando uma convivência ruim dentro de uma empresa que atrapalha muitas vezes essa ''conversa'' entre os setores de desenvolvimento de novos produtos e tecnologias e consequentemente, se o discurso não fica claro dentro da empresa, não vai ser claro também para fora dela. Provavelmente o valor percebido do produto pelo consumidor não vai equivaler-se ao real valor de sua produção.
ResponderExcluirPenso que um gerente de produto talvez fosse interessante contanto que este tenha real conhecimento das áreas envolvidas durante o projeto. Este deveria ser sensitivo o bastante para saber conectar de forma eficiente profissionais de diferentes áreas de atuação e diferentes personalidades pois acredito também que deva existir a comunicação direta entre esses profissionais para evitar que ocorra a deformação da informação durante a transferëncia desse discurso.
Eduardo Martins ( Florianópolis - SC )
Estudante de Design
A existência da figura do Gerente de Produto é bastante eficaz, e até uma tendência de estruturas matriciais e de gerenciamento por processos. Chega de ter silos verticais que cuidam de áreas e dificultam a comunicação com foco no cliente. Aliás, FOCO é a palavra chave neste processo. P&D, Marketing, Produção, Qualidade, Vendas, todos precisam conhecer o mercado-alvo da empresa e seus desejos e necessidades, de modo que possam trabalhar para atendê-lo adequadamente. A figura do Gerente de Produto garante que este foco seja assimilado por todos que executam uma parte do processo.
ResponderExcluirProf. Cláudio Vicente (Florianópolis - SC)
Professor de Marketing do MBA em Gestão
Empresarial da FGV - Fundação Getúlio Vargas
Realmente, a desintegração pode provocar o fracasso de um produto. As áreas devem estar perto uma da outra e trocando informações sem briguinhas internas.
ResponderExcluirO pior é que essas briguinhas já nascem desde quando a pessoa entra na faculdade, com piadas que menosprezam outras áreas de mesma ou maior importância.
Rodrigo Brasil Krieger
Design de Produto / IF-SC
Concordo Plenamente com os comentários, e quanto a começar a rivalidade entre as áreas já na faculdade isso é fato! E é essa mentalidade que tem que mudar, tem que ser um processo mutualistico e não competitivo!
ResponderExcluirThéo Orosco - Moderador do site e escritor desse post